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Foto do escritorLuciana Ribeiro

O Centro de Valorização da Vida (CVV) e a prevenção do suicídio no Brasil




Autor: Centro de Valorização da Vida (CVV)


Trabalho: Gêneros Jornalísticos e as técnicas de entrevistas


Entrevista/autores: Nélia Lima, Rebeca Helena, Luciana Ribeiro, Lucas Luz, Antônia Zenilda e Lindineide Noronha


O CVV – Centro de Valorização da Vida oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, atende de forma voluntária e gratuita todos os seres humanos que precisam dialogar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.



A instituição fundada em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal, desde 1973. Neste sentido, realiza trabalhos voluntários e conta com colaboradores fiéis e amorosos, os quais se dispõem a ajudar os seres humanos a enfrentarem seus problemas emocionais e psicológicos como a depressão, a solidão, a angústia, o desequilíbrio emocional e a prevenção do suicídio.



Com muita honra, convidamos a Leila Heredia- Porta Voz/CVV Brasília para dialogar sobre sua colaboração voluntária e seu apoio concedido para as vidas humanas. Elas carecem de ser felizes no mundo, que precisa de mais amor, esperança e solidariedade; e, ainda, poder falar sobre as propostas políticas do poder público sobre o assunto que envolve a rede e inúmeros desafios que defendem os direitos humanos.



Segue a entrevista para os jovens compreenderem a importância da vida humana no mundo:


O que motivou sua colaboração no CVV e o que você diria para as pessoas que querem tornar-se um colaborador na Instituição?



Sou voluntária há mais de 20 anos e tornei-me voluntária do CVV por me encantar com um serviço que se baseia no não julgamento. Numa sociedade em que isso é tão natural e constante, fiquei intrigada com a proposta e então me inscrevi pelo site cvv.org.br. Para ser voluntário é preciso ter mais de 18 anos, disponibilidade de pelo menos 4 horas e meia por semana e passar por um curso. Fiz o curso e já estou no CVV há 8 anos.



De que modo o CVV, realiza seus trabalhos para resolver os problemas, como a depressão, a solidão, a angústia, o desequilíbrio emocional e a prevenção do suicídio?



A proposta do CVV é ouvir as pessoas, ouvir com respeito, com aceitação, com compreensão. Ouvir sem julgar, garantindo o sigilo, e com disponibilidade nas 24 horas do dia, nos 365 dias do ano. Não pretendemos resolver os problemas das pessoas, mas nos colocamos ao lado dela, de forma empática, para que possa encontrar dentro de si as respostas que está procurando.



O CVV pode comemorar benefícios referentes aos trabalhos que previnem o suicídio em Brasília e no Brasil?



Há 57 anos atuamos na prevenção do suicídio no Brasil. Aqui em Brasília já são 40 anos. O que podemos comemorar é por podermos colaborar de alguma forma com uma sociedade mais empática, mais acolhedora. No ano passado, tivemos 2,5 milhões de contatos, o que mostra que as pessoas querem falar, que buscam ser ouvidas...


O CVV recebe algum apoio do governo ou trabalha com parcerias para atender pessoas que vivenciam os problemas que podem levar ao suicídio?



O CVV é mantido pelos próprios voluntários. Eventualmente recebemos colaborações externas e quem quiser fazer algum tipo de doação basta acessar nosso site, cvv.org.br. O apoio que temos, na realidade um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, é o que nos garantiu o número 188, permitindo a gratuidade da tarifação telefônica para quem nos liga. Vale destacar que nosso serviço sempre foi gratuito.


O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou no dia 26 de abril de 2019, a Lei nº 13.819/2019, que institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. O texto foi publicado no Diário Oficial na segunda-feira, dia 29 de abril de 2019. Fale sobre as perspectivas governamentais para atender ou prevenir problemas emocionais, como o suicídio no Brasil.


O suicídio é um problema de saúde pública. A OMS destaca que 9 em dez casos podem ser prevenidos. Isso mostra que todos - família, poder público, profissionais de saúde, organizações não governamentais - podem atuar nesta rede de prevenção.


Quais os casos comuns de serem atendidos pelo CVV na prevenção ao suicídio?



As pessoas ligam para falar sobre os mais diversos assuntos. Sobre sua solidão, sua angústia, e até sua felicidade. Ela pode falar sobre o que ela quiser, sobre o que está sentindo.


De que maneira, os cidadãos atendidos são dispensados pela Instituição de receberem tratamentos ou atendimentos dos colaboradores?


O atendimento do CVV não é profissional e nem substitui o do psicólogo ou do médico, por exemplo. Atuamos como uma espécie de pronto-socorro emocional, no aqui e agora.



Existe algum acompanhamento em rede para ajudá-los a enfrentarem novamente seus problemas emocionais?



Os voluntários do CVV passam por treinamentos e reciclagens constantes. Temos reuniões mensais, cursos... e, no caso de um voluntário sentir necessidade, pode procurar apoio em outro, mais experiente.



Quais os contatos (sites/redes sociais) para os jovens e os adultos terem acesso a palestras e outros trabalhos realizados pelo CVV em Brasília e no Brasil?


Para entrar em contato com o CVV basta ligar para o número 188 ou acessar o nosso site, cvv.org.br, onde estão as demais formas de atendimento disponíveis: chat, e-mail e pessoal.


Quais os critérios usados para ser voluntário do CVV? E até que ponto essa abordagem é segura e confiável?


A forma de atendimento é sigilosa e baseada especificamente na fala daqueles que nos ligam. Falar é a melhor solução.



Deixe um depoimento que aborde a valorização da vida para os jovens.



Falar é sempre a melhor opção! Da mesma forma que cuidamos da nossa saúde física, precisamos atentar para nossa saúde emocional. Precisamos quebrar esse tabu!



Prezada Leila Heredia, obrigada pela colaboração que enobrece o valor da vida humana no mundo!!



Conte com a nossa parceria para divulgar o CVV!


Contatos do Centro de Valorização da Vida (CVV):



Redes Sociais:





Youtube: aqui



Falar é a melhor solução!

Entrevista publicada em 2019/Jornal Ana Folha

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